Indo na onda do amigo Moura (Blog do cara)...q esta colocando o novo e terceiro cd dos cabras (renovado)
Este primeiro cd eh o meu preferido:

Os cabras da Cabruêra chegam eletrificando cocos, envenenando cirandas,sampleando repentes e o que mais se apresentar.Todos tiveram uma história roqueira em seu passado; mesmo que o forró, o coco, a embolada e a cantoria de viola estivessem presentes em outros momentos de suas vidas, não eram, de início, suas opções musicais. Uns começaram regueiros, outros roqueiros, outros funkeiros, mas acabaram derivando para sua própria mistura que seria um folk-rock ou um pop-coco. No show da Cabruêra que vi em Campina Grande, havia um efeito que para mim era tipicamente nordestino. O guitarrista usa uma caneta Bic como arco para tirar do violão um zumbido de violoncelo que engoliu um besouro. Existe a presença do som de bordão rangente e contínuo, aquele pondém-pondém das violas dos repentistas e seu parentesco distante com o realejo dos vendedores ambulantes, com a sonoridade das gaitas-de-fole escocesas, ou com aquelas caixinhas de música do Oriente Médio onde o sujeito gira uma manivelazinha. Árabia, depois Ibéria, depois Capibaribe, depois Paraíba. O som nos traz de volta ao terreiro onde dançam as rabecas de Siba e Antônio Nôbrega. Vale lembrar que "um som é um som, todo som é música" sendo possível tirar um som de qualquer coisa - desde que se seja músico. Enfim, sorte da Cabruêra, que pode se dar o luxo de beber em várias fontes sem remorso nem receio: feliz de uma geração que pôde conhecer ao mesmo tempo Luiz Gonzaga e Bob Marley, Chico Buarque e Biliu de Campina, música pop e João Cabral de Melo Neto.O fole roncou lá no alto da serra... E viva a rapaziada.
Bráulio Tavares
PS: o cd tah no RapidShare. Pra qm ta se complicando pra pegar, clica em "Free" espera a contagem termina, digitar o código de barras do lado e pronto...
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